Ontem saiu a condenação de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. Ronnie teve a pena de 78 anos, 9 meses e 30 dias e Élcio 59 anos, 8 meses e 10 dias de prisão proferida pelo 4º Tribunal de Júri do Rio de Janeiro. Além disso eles terão que pagar uma pensão para o filho de Anderson até ele completar 24 anos e, juntos, indenizar por dano moral no valor de R$ 706 mil as vítimas Arthur, Ághata, Luyara, Marinete e Mônica.
Segundo a matéria dos repórteres da Agência Brasil, Vitor Abdala e Rafael Cardoso, “O júri entendeu que eles são culpados de três crimes: duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves (assessora de Marielle) e receptação do veículo usado no crime. Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018.
A motivação do assassinato de Marielle Franco, segundo os investigadores, envolve questões fundiárias e grupos de milícia. Havia divergência entre Marielle e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão sobre o Projeto de Lei (PL) 174/2016, que buscava formalizar um condomínio na Zona Oeste da capital fluminense.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) disse que eles não se arrependeram e só fecharam acordo de delação premiada porque sabiam que seriam condenados. E que a condenação dos dois não foi pedida apenas por causa da delação, mas porque há provas contundentes contra eles”.
A juíza Lúcia Glioche, na leitura da sentença, disse que “nenhuma condenação serviria para tranquilizar as famílias, mas era uma resposta importante à perspectiva de impunidade dos criminosos”. A matéria da Agência Brasil ainda destacou outra fala da juíza: “A justiça por vezes é lenta, é cega é burra, é injusta, é errada, é torta. Mas ela chega. Mesmo para acusados que acham que jamais vão ser atingidos. A justiça chega aos culpados e tira o bem mais importante deles, depois da vida, que é a liberdade”.
Para completar a informação, o reportagem ainda informou que “por causa do foro, há um processo paralelo no Supremo Tribunal Federal (STF) que julga os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa. Também são réus no processo o ex-policial militar Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão, que teria ajudado a se livrar da arma do crime, e o major Ronald Paulo Alves Pereira, que teria monitorado a rotina de Marielle”.
Link da reportagem de Vitor Abdala e Rafael Cardoso da Agência Brasil:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-10/ronnie-e-elcio-sao-condenados-por-assassinar-marielle-e-anderson:
